217 - A geléia

Enquanto nossa vizinha, Dona Rosa Bragança, preparava as deliciosas geléias de mocotó, eu menino batia papo e ela batia a geléia até branquear – não sei como aguentava – trabalho duríssimo. Acabou me dando a Suely, sua filha caçula, como afilhada. Uma vez, no Seminário de Congonhas, achei um pedaço de revista com a foto de uma menina. Lembrei-me da Suely, enviei o retrato para comadre e ela fez um vestido com o modelo usado pela menina da foto.

 

Sempre chegavam lá em casa dois pedaços de geléia: a meio transparente, sem ser batida, e a branca, batida! Não sei qual da duas eu gostava mais! 


 

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