014 – O primeiro cemitério

 

 Um americano, denegrindo Maomé, arranjou encrencas com os mulçumanos, deixando-os furiosos com os imperialistas. Os ianques, para contrabalançar, mais uma vez inventaram uma esposa para Cristo, mas adiantou pouco, pois os cristãos não reagiram. O silêncio está falando mais alto... 

 

 

    A primeira capelinha do Calado, onde fui batizado. O povo se encontra no antigo campo do Social Futebol Clube. Logo atrás do morro à esquerda fica Ipatinga e o da direita já é Timóteo. Repare a imensa árvore ao lado da capela – lembro-me dela.

 

No pé do morro, quase esquina com a Rua Coronel Silvino Pereira, a cem metros da loja de meu pai, havia o primeiro cemitério do Calado. Como o terreno era muito arenoso, a enxurrada acabava abrindo as covas e carregando ossos e defuntos – cansei de ver. Ergueram a Capelinha de São Sebastião no sopé e, para o acesso, abriram uma rua em frente e que deveria passar exatamente no cemitério, por isso transferiram-no para o outro lado da linha da estrada de ferro, onde hoje há uma escola do Senai. Lembro-me do pessoal cavando e retirando ossos, cabelos e restos de caixões. A capela era simples e linda! Tinha até um coro onde o Sô Lambert tocava o harmônio e as moças cantavam lindo! 

 

Demoliu-se a Capelinha para a construção da nova Igreja de São Sebastião, a Matriz, que tem a torre na parte de trás - e lá não havia uma Chica da Silva, e muito menos diamantes! Pena! No projeto inicial da Matriz de São Sebastião, na parte lateral seriam construídos prédios para Assistência Social, e na frente uma imensa escadaria. Infelizmente essas duas partes foram ocupadas por um imenso supermercado, descaracterizando o que seria um atrativo da cidade. O dinheiro falou mais alto. 

 

 

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